Esse blog traz até você tudo sobre a atividade industrial atual, além de suas características, vídeos, reportagens e exercícios de vestibular para você treinar seu conhecimento.
Blog criado pelos alunos do Colégio Nossa Senhora do Sagrado Coração como avaliação de Geografia
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terça-feira, 9 de novembro de 2010
Industrialização do cacau
Reportagem mais atual, sobre a questão do cacau.
20 de fevereiro de 2010
A região de influência do AHE Belo Monte produziu em 2008 expressivos 31.241 toneladas de cacau, gerando um valor de mais de R$ 134 milhões. A produção regional corresponde a mais de 72% do total produzido no Pará e dentre os quinze municípios maiores produtores de cacau do Estado, oito estão na região da Transamazônica. Medicilândia produziu sozinho, em 2008, mais de 15 mil toneladas de cacau, o que o torna o segundo maior produtor da amêndoa do Brasil.
A lavoura de cacau gera milhares de empregos e aquece a economia dos municípios produtores, mas poderia gerar muito mais benefícios se a industrialização fosse feita na própria região. Hoje, todo o cacau produzido é levado para outras regiões – principalmente para a Bahia – onde é industrializado, gerando empregos e renda em outras partes do País. “Um dos nossos grandes sonhos é a vinda da agroindústria do cacau”, conta Élido Trevisan que mora em Medicilândia desde 1972 e produz cerca de 50 toneladas de cacau ao ano.
Agregar valor à produção regional é um grande desafio para produtores e para o governo. Negociações neste sentido já vem sendo travadas há alguns anos, mas existem dificuldades, como a falta de logística adequada. Sem a pavimentação da Transamazônica, fica difícil e caro transportar o produto industrializado. A construção da Hidrelétrica de Belo Monte e a pavimentação da Transamazônica são vistas como uma grande oportunidade para, finalmente, ser instalada uma indústria de chocolate na região.
Isso ajudaria a resolver outros problemas dos produtores, como a falta de assistência técnica. Medicilândia, enquanto segundo maior produtor nacional de cacau, tem apenas dois extensionistas na Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (CEPLAC). Outro problema é que nem sempre os produtores dispõem de mudas adequadas para o plantio, o que acaba por reduzir a produtividade na região. Com fornecimento de mudas e assistência técnica, a produção aumentaria muito, dada a grande área de solos férteis ainda inutilizadas.
O governo estadual vem atuando junto a iniciativa privada no sentido de implantar uma indústria na região e também buscando fomentar a lavoura cacaueira. Uma das ações é a criação do Programa de Aceleração da Cacauicultura, que permitiu a instituição do Fundo de Desenvolvimento do Cacau, que garante fomentos como sementes, incentiva a produção do cacau orgânico, além de promover pesquisas e assistência técnica para os produtores paraenses.
Texto original em: http://fortxingu.blogspot.com/2010/02/reportagem-da-revista-industrializacao.html
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